segunda-feira, 13 de abril de 2009


Existem máscaras que nos impomos e máscaras que outros nos impõem.
Não desejo dizer a que vim, nem almejo entendê-lo. No entanto, muitas vezes me vejo encurralada, aprisionada em uma fotografia com um perfil que não reconheço como sendo meu. Não preciso dar respostas a todo mundo que não me vê como eu sou. Muito menos arranjar explicações para supostas contradições minhas. Não sou uma super-mulher, nem tenho essa pretensão. Só o fato de ser mulher já dá bastante trabalho, ao ponto que homem algum imaginaria. Não sei que estigma é esse. Aparência, talvez. Personalidade forte. Tanto atrai quanto assusta. Só não gosto que me cobrem atitudes programadas. Ou carinha de felicidade. Minha simpatia é seletiva. Falo quando quero. Mostro-me em parcelas sem datas marcadas. Pra me ter, é preciso muito mais do que meu corpo e meu sorriso. Pra me enxergar, basta se desfazer do rascunho que sou por fora... com certeza, muito além do que se vê.

Deise Barreto

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