sábado, 11 de abril de 2009

Peregrino

Peregrino de sonhos
onde me arrasto trôpego
na procura esquisita
de não sei o quê...
Ruas vazias,
idéias vazias,
mundo vazio
assoberbam-me
de nada
ou quase...
Sobre minha cabeça
chuviscam esquecimentos
em intermitentes embates.
Aí por dentro,
tudo inacabado
em decomposição
e saudade
nem sei do quê...
Das cartas que nunca escrevi,
não sei!
E, assim,
continuo tropeçando
em sombras
e, de olhos vendados,
procuro um olhar,
ou não sei o quê...
E vou em frente
com minha desordem mental,
meus desvarios,
minhas incertezas,
para onde?

De: João Costa Filho

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